Usuários do Miranda Leão participam de roda de conversa que trata sobre equilíbrio emocional em alusão ao ‘Janeiro Branco’

Texto: Margarida Galvão / Foto: Jimmy Christian

“A vida pede equilíbrio” foi o tema de uma roda de conversa realizada, na manhã desta quinta-feira, 26/01, pelo Centro Estadual de Convivência da Família, Miranda Leão, bairro Alvorada, zona centro-oeste, em alusão ao ‘Janeiro Branco’, campanha brasileira sobre saúde mental.

A programação, voltada para os integrantes do grupo de convivência do centro e da comunidade, foi coordenada pelas psicólogas Margareth Galvão Presa, na parte da manhã, e Gabriela Mariano à tarde.

A palestrante Margareth Presa iniciou os trabalhos chamando a atenção dos participantes sobre saúde mental, destacando a importância do autoconhecimento, a fim de que as pessoas aprendam lidar com as situações que ocorrem no cotidiano. Na avaliação da especialista, sem equilíbrio, fica difícil resolver os problemas que surgem diariamente na vida das pessoas.

Segundo Margareth Presa, sentimentos como medo, raiva, tristeza, ansiedade, se não forem tratados devidamente podem se aprofundar e virar algo mais grave como síndrome do pânico e até uma depressão. “Daí a necessidade de usarmos essas campanhas para fazer rodas de conversa com grupos pequenos, onde aos poucos as pessoas vão se envolvendo nos assuntos e contando um pouco de suas histórias de vida”, disse.

Na avaliação da psicóloga, atualmente, a maior problemática das pessoas é a ansiedade, motivada pelas preocupações do dia a dia, o que afeta o sono, o físico e outros fatores. “Aqui, no CECF Miranda Leão, quando detectamos esses sinais nos nossos usuários, fazemos consultas qualificadas para tentar ajudar a pessoa. Quando o caso é mais grave, se encaminha para a rede de proteção, visando encontrar solução”, sintetizou.

Margareth Presa, disse ainda, que o autoconhecimento, boas horas de sono, boa alimentação, atividade física, ter alguém para conversar, buscar um profissional para aconselhamento são fatores importantes para obter equilíbrio físico e mental.

Conhecimento próprio

A usuária Ana Lucia Costa, 73 anos, participante dos grupos ‘Mais Ativo’ e ‘Memória’, no Miranda Leão, foi uma das participantes da roda de conversa, na parte da manhã. A idosa disse que a palestra foi excelente, porque estimula a pensar no autoconhecimento, levando à reflexão do que pode ser melhorado em cada pessoa.

“Gosto desse tipo de palestra, porque me faz refletir sobre a minha própria vida”, assegurou.

Os Centros de Convivência Estadual da Família e do Idoso, um total de sete em Manaus, são mantidos pelo Governo do Amazonas, sob o comando da Seas e parceiros.